Presidente afastada anunciou que se defenderá
pessoalmente no Senado. Ela fala na segunda (29). Julgamento começará na
próxima quinta (25).
"Em primeiro lugar, a vinda dela derruba a tese de que o processo é um golpe. Não há golpe em um processo em que a própria suposta golpeada participa. Segundo, todas as vezes que a presidente se manifestou publicamente ela se complicou. Aqui não vai ser diferente." Disse o Senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB
O líder do PSDB no
Senado, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou nesta quinta-feira (18)
que a presidente afastada Dilma Rousseff "vai se complicar ainda
mais" com a decisão de comparecer ao Senado para se defender no julgamento
do impeachment marcado para se iniciar na próxima quinta-feira (25). Para o
líder do PT, senador Humberto Costa (PE), Dilma vai vai demonstrar que o
processo de afastamento é "injusto".
O depoimento de
Dilma está previsto para segunda-feira (29) – veja o cronograma da sessão de
julgamento do impeachment.
PSDB
"Em primeiro
lugar, a vinda dela derruba a tese de que o processo é um golpe. Não há golpe
em um processo em que a própria suposta golpeada participa. Segundo, todas as
vezes que a presidente se manifestou publicamente ela se complicou. Aqui não
vai ser diferente", afirmou Cássio Cunha Lima.
Para o líder do
PSDB, mesmo com o depoimento, Dilma Rousseff não vai conseguir reverter votos
favoráveis ao impeachment. "Pelo contrário, senadores que votaram contra o
impeachment é que poderão mudar de posição."
O tucano afirmou
ainda que espera que os senadores favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma
"não se excedam" no tom das perguntas e a tratem de maneira adequada.
PT
"A vinda dela pode ajudar a consolidar ou reverter votos, mas mesmo que ela não consiga reverter um único voto, ela vai ter amplas condições de mostrar que o processo é injusto. Ela vai mostrar que pode ter cometido erros políticos e econômicos, mas, de forma alguma, ela descumpriu a Constituição." Disse o Senador Humberto Costa, líder do PT
Aliado de Dilma,
Humberto Costa afirma que a petista está "preparada" para responder
as perguntas dos senadores, sejam elas técnicas ou políticas, e vai
"mostrar que não cometeu crime de responsabilidade".
"A vinda dela
pode ajudar a consolidar ou reverter votos, mas mesmo que ela não consiga
reverter um único voto, ela vai ter amplas condições de mostrar que o processo
é injusto. Ela vai mostrar que pode ter cometido erros políticos e econômicos,
mas, de forma alguma, ela descumpriu a Constituição", disse o líder do PT.
Humberto Costa
também declarou que a presença de Dilma Rousseff vai chamar a atenção da
imprensa internacional e da população para os problemas do processo de
impeachment que, sem a participação da petista, poderiam "passar
desapercebidos".
De acordo com o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), até o dia 30 de agosto o
Senado terá concluído o julgamento.
Para o afastamento
ser decretado, são necessários os votos favoráveis de pelo menos 54 senadores.
Caso esse placar não seja atingido, Dilma reassume a Presidência da República.
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