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18 agosto, 2016

Dólar fecha em alta pela 6ª sessão e vai a R$ 3,23

Moeda norte-americana subiu 0,67%, vendida a R$ 3,2333. Incertezas sobre o ajuste fiscal e estratégia do BC pesaram.

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (18), com incertezas sobre o ajuste fiscal no Brasil e a estratégia de atuação cambial do Banco Central ofuscando expectativas de que os juros não devem subir tão cedo nos Estados Unidos, que levou a moeda a recuar nos mercados externos.

A moeda norte-americana subiu 0,67%, vendida a R$ 3,2333. Veja a cotação do dólar hoje.

Na semana, o dólar acumula alta de 1,51%. No mês de agosto, recua 0,29% e, no acumulado de 2016, perde 18,1%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,29%, a R$ 3,2208
Às 9h29, alta de 0,19%, a R$ 3,2179
Às 10h10, alta de 0,36%, a R$ 3,2233
Às 10h39, queda de 0,19%, a R$ 3,5051
Às 11h29, alta de 0,1%, a R$ 3,215
Às 13h10, alta de 0,6%, a R$ 3,2308
Às 14h20, alta de 0,63%, a R$ 3,2326
Às 16h, alta de 0,77%, a R$ 3,2361

O BC vem mantendo sua estratégia de vender diariamente 15 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, desde que aumentou a oferta na semana passada, sobre 10 mil contratos diários até então. O reforço na intervenção contribuiu para tirar o dólar das mínimas em quase um ano atingidas neste mês.

"Com a atuação mais pesada do BC e as especulações sobre o fiscal nos últimos dias, o real tem tido desempenho pior que as outras moedas. E hoje, o mercado desviou o foco para o (cenário) local", disse à Reuters o estrategista de um banco internacional.
Declarações do presidente interino Michel Temer levaram alguns a apostar que o governo almejaria evitar quedas maiores do dólar, mas o presidente do BC, Ilan Goldfajn, tem defendido o respeito ao câmbio flutuante.

Investidores também continuavam à procura de pistas sobre a trajetória do ajuste fiscal. De maneira geral, o mercado vem minimizando a importância dos recuos do governo em sua campanha para aprovar medidas de austeridade no Congresso Nacional, apostando que a postura tende a enrijecer se o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff for aprovado.
O quadro local levou o mercado brasileiro a descolar-se dos mercados externos, onde o dólar perdeu terreno em meio a apostas de que os juros norte-americanos não devem subir neste ano.

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, sugeriu nesta semana a possibilidade de alta de juros já no mês que vem. Nesta quinta-feira, ele voltou a adotar um tom positivo sobre a economia dos EUA, ressaltando o fortalecimento do mercado de trabalho.
Mas a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mostrou, na véspera, que ainda há consenso no Fed de que são necessários mais dados para que seja apropriado elevar os juros, embora alguns integrantes com poder de voto esperam que isso aconteça em breve.

Muitos operadores esperavam sinalização mais contundente de que os juros norte-americanos podem subir neste ano e venderam dólares após a divulgação da ata. Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.

"(Autoridades do Fed) têm feito comentários mais 'hawkish', mas a ata de ontem foi cautelosa, não se comprometeu com um prazo. Isso deixa o mercado em uma encruzilhada, esperando mais comunicações oficiais", disse à Reuters o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik.

Última sessão


Na véspera, o dólar subiu 0,54%, a R$ 3,2115 na venda. Na semana, avança 0,83%. No mês de agosto, contudo, tem queda acumulada de 0,96% e, em 2016, recua 18,6%.





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