A Medida Provisória
(MP) anunciada ontem (22) com o objetivo de reestruturar e flexibilizar o
ensino médio, de forma a torná-lo mais atrativo, só será publicada na segunda
(26) ou terça-feira (27).
A informação foi dada à Agência Brasil pela Casa
Civil do Palácio do Planalto, que não entrou em detalhes sobre a justificativa
do atraso.
Segundo o
Ministério da Educação (MEC), alguns ajustes técnicos ao texto, em especial
relativos a prazos a serem cumpridos, vinham sendo feitos até o início da noite
de ontem, após o anúncio da MP.
Em nota publicada
ontem após o anúncio da MP, o ministério informou que não haverá corte de
nenhuma disciplina na proposta que o presidente da República, Michel Temer, e o
ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciaram para o Novo Ensino Médio, a
maior mudança na educação nos últimos 20 anos, desde a Lei de Diretrizes e Base
da Educação. É o que informa a nota publicada no site do MEC.
“Não está decretado
o fim de nenhum conteúdo, de nenhuma disciplina. Do que a Base Nacional
definir, todas elas serão obrigatórias na parte da Base Nacional Comum: artes,
educação física, português, matemática, física, química. A Base Nacional Comum
será obrigatória a todos. A diferença é que quando você faz as ênfases, você
pode colocar somente os alunos que tenham interesse em seguir naquela área.
Vamos inclusive privilegiar professores e alunos com a opção do
aprofundamento”, disse o secretário de Educação Básica do Ministério da
Educação, Rossieli Soares, conforme a nota do MEC.
Conteúdo obrigatório
De acordo com a
medida provisória, cerca de 1,2 mil horas, metade do tempo total do ensino
médio, serão destinadas ao conteúdo obrigatório definido pela Base Nacional. No
restante da formação, os alunos poderão escolher seguir cinco trajetórias:
linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas – modelo usado
também na divisão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – e
formação técnica e profissional.
As mudanças
pretendem favorecer, também, a aplicação dos conhecimentos em diversas áreas –
inclusive no dia a dia dos alunos e na realidade do Brasil e do mundo, segundo
o governo. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024, 50% dos
matriculados cumprirão jornada escolar em tempo integral de, no mínimo, sete
horas por dia, somando 4,2 mil horas em todo o ensino médio.
De acordo com o
ministro da Educação, Mendonça Filho, a pasta investirá R$ 1,5 bilhão para
ofertar o ensino integral a 500 mil jovens até 2018. O tempo integral passará a
ser fomentado a partir do ano que vem. “O tempo integral retira os jovens da
vulnerabilidade nas grandes e médias cidades do Brasil e garante uma educação
de qualidade”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário