Vereador reeleito pela 6ª vez é preso pela PF e afastado do cargo, em RO - Página Xique-Xique

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21 outubro, 2016

Vereador reeleito pela 6ª vez é preso pela PF e afastado do cargo, em RO

Vanderlei Graebin, de Vilhena, se entregou após prisão ser decretada. PF cumpriu mandado de busca na casa dele nesta sexta-feira (17).



O vereador Vanderlei Amauri Graebin (PSC) foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (21) e afastado do cargo em Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho. Conforme a PF, ele se entregou na sede da PF após a Justiça do estado decretar a prisão preventiva do parlamentar. Graebin, que foi reeleito nas eleições de outubro pela 6ª vez, é um dos cinco vereadores indiciados pela PF por lavagem de dinheiro e corrupção. No início da semana, o vereador José Garcia da Silva (DEM) também foi preso.

Conforme a PF, desde a parte da manhã desta sexta os policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa e no gabinete de Graebin. Pouco tempo depois, ele se apresentou espontaneamente na unidade regional da PF acompanhado de uma representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Como também é advogado, ele pode ser ouvido na presença da advogada.

O vereador, que está na Câmara Municipal desde 1997, está em seu 5° mandato consecutivo. Nas eleições deste ano ele se reelegeu para o 6°, que iniciaria a partir de 2017. Segundo a PF, as investigações começaram quando o Ministério Público Federal (MPF) soube das irregularidades, através de outras operações desencadeadas no município.

As apurações apontam que os vereadores participavam de um esquema de aprovação de loteamentos na cidade, mediante recompensa. Para os loteamentos serem aprovados, eles recebiam terrenos e quantias em dinheiro. Até o momento, a PF acredita que o grupo tenha adquirido mais de R$ 500 mil no esquema.

O advogado José Francisco Cândido explica que assim que soube da expedição do mandado de prisão, Graebin o procurou. O vereador se apresentou, acompanhado do advogado, na delegacia da PF. Durante interrogatório, se manteve em silêncio, e à tarde, colocou tornozeleira eletrônica.

"Ele é advogado, inscrito na OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], e diante da inexistência de sala de Estado Maior, prerrogativa de advogados, ele vai cumprir a prisão em regime domiciliar. Ainda estamos a analisar os documentos para saber a próxima medida a ser tomada", explicou.

O Tribunal de Justiça de Rondônia também deu deferimento ao afastamento do cargo do vereador, um pedido feito pela PF. O motivo da prisão desta sexta-feira segue em segredo de justiça.

Primeira prisão

Na última terça-feira (18), o vereador Garcia foi abordado por policiais que encontraram em seu carro, documentos de compra e venda de terrenos que seriam repassados a vereadores. O judiciário aceitou o flagrante de Garcia e reverteu em prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Ele permanece preso na Casa de Detenção do município.

Afastamento da função

Os vereadores indiciados devem ser afastados da Câmara de Vereadores. A PF enviou um ofício à casa de leis, onde ressalta o cumprimento do artigo 17-D, que dispõe sobre crimes de lavagem de dinheiro.

Na lei diz que "em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno".


Com o afastamento do presidente, Júnior Donadon, e prisão do vice, Garcia, a 1ª secretária, Maria José (PDT), deve assumir a presidência da casa. "Isso é o que fala o regimento interno da câmara, mas até o momento não tomei ciência dos acontecimentos, e não fui oficializada. Vamos verificar como proceder, mas provavelmente os suplentes desses vereadores deverão ser chamados, pois ao contrário, não tem como votar matérias", explica Maria José.





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