Muito importante na prevenção de
doenças como a osteoporose e o raquitismo, pois atua da fixação do cálcio nos
ossos, a vitamina D, segundo estudos recentes, também ajuda a evitar esclerose
múltipla, psoríase, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer.
De acordo com a nutricionista e
professora do curso de Gastronomia do Centro Universitário Estácio Joseni Lima,
a principal forma de obtenção desta vitamina é a exposição ao sol. “A vitamina
D produzida em nossa pele quando nos expomos ao sol dura pelo menos duas vezes
mais na corrente sanguínea do que aquela ingerida por meio de dieta”, afirma a
professora.
Conforme a nutricionista, bastam 20
minutos de exposição ao sol durante três vezes por semana, sem o uso de
protetor solar, para adquirir a quantidade ideal de vitamina D para o
organismo.
“Este tempo vai variar conforme o
horário de exposição. Sendo nas primeiras horas da manhã, o tempo pode e deve
ser mais prolongado. Para as pessoas de pele negra o tempo de exposição deve
ser de 40 minutos nas primeiras horas do dia”, explica Joseni Lima.
A professora alerta que os habitantes
da região tropical do planeta estão mais protegidos contra o câncer de pele em
comparação aos moradores do Hemisfério Norte. Mas mesmo assim, as pessoas de
pele clara devem evitar se expor ao sol sem proteção entre 11 e 14 horas por
trazer riscos à pele. Neste caso, ela recomenda que a exposição seja no máximo
até o horário das 10 horas.
Um dos principais defensores da exposição
moderada à luz solar sem o uso de protetor é o professor de Fisiologia e
Biofísica da Boston University, o doutor Michael Holick.
Pesquisas do professor apontam que, no
Hemisfério Norte, onde crianças e jovens passam a maior parte do tempo em salas
de aula, mesmo com acesso à boa nutrição e aos benefícios da medicina moderna,
apresentam 56% maior probabilidade de fratura óssea e 100% maior chance de
desenvolver esclerose múltipla do que uma criança que viva na região equatorial
ou no campo.
De acordo com a professora Joseni,
outros pesquisadores têm associado à deficiência de vitamina D com doenças
crônicas e autoimunes. No Brasil já há indicativos da deficiência com maior
destaque para a região Sul do país. Mas a região Nordeste também têm apresentados
índices baixos de vitamina D, principalmente em mulheres, algumas jovens, entre
30 e 40 anos.
Um estudo realizado pela Universidade
de São Paulo (USP) avaliou a prevalência de falta de vitamina D em voluntários
saudáveis, com idade entre 18 e 90 anos. A pesquisa, realizada em duas etapas,
concluiu que ao final do inverno a deficiência de vitamina D foi de 77,4%; já
ao final do verão caiu para 37%.
Joseni alerta que mesmo sendo a mais
importante e a mais eficiente, a luz solar não deve ser a única fonte de
obtenção de vitamina D, a alimentação equilibrada deve ser observada, incluindo
vegetais verdes, leite e derivados, peixes e fontes de lipídios, como
castanhas, abacate, azeite de oliva, entre outros, uma vez que a vitamina é
lipossolúvel, ou seja, necessita de gordura para absorção adequada;
Fonte: Tribuna da Bahia
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