Mesmo com melhora dos indicadores, inflação baixa ainda preocupa Fed. Taxas dos títulos públicos continuam entre 0,25% e 0,5%.
O Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) decidiu manter as taxas de juros nesta quarta-feira (16) entre 0,25% e 0,5%. É a segunda vez que o órgão decide não alterar as taxas, após a primeira elevação em quase uma década, em dezembro.
A maioria das autoridades disse agora esperar que será apropriado elevar os juros em 0,5 ponto percentual até o final deste ano. Novas projeções mostraram que membros do Fed esperam dois aumentos de 0,25 ponto percentual nos juros até o fim do ano.
De acordo com o Fed, a economia global e os mercados financeiros "ainda representam riscos", apesar na melhora em uma série de indicadores econômicos.
Os membros do Fed destacaram o avanço no mercado de trabalho como um sinal de fortalecimento do emprego no país, mas lembrou que a inflação ainda preocupa, já que continua abaixo da meta de 2%.
Segundo o órgão, o consumo doméstico continua expandindo a um ritmo moderado nos EUA, e o setor imobiliário apresentou melhoras, embora os investimentos e as exportações tenham tido um desempenho fraco.
Projeções pioram
As autoridades do Fed também projetaram crescimento econômico mais fraco e inflação mais baixa este ano, e reduziram a estimativa sobre onde a taxa de juros estará no longo prazo para 3,30%, de 3,50% – um sinal de que a recuperação econômica continuará fraca.
O cenário para a taxa de juros representa uma mudança em relação às quatro altas esperadas quando o Fed elevou os juros em dezembro pela primeira vez em quase uma década.
O novo cenário surge no momento em que o Fed tenta enfrentar a volatilidade recente no mercado global e manter seus planos de elevar os juros de alguma forma intactos.
O Fed adotou uma postura cautelosa na reunião de política monetária de janeiro, em meio às perdas dos mercados financeiros, preços mais fracos do petróleo e queda das expectativas de inflação.
Os membros do Fed também veem contínua melhora do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego caindo para 4,7% até o final do ano. Eles reduziram a estimativa para a inflação este ano para 1,2% de 1,6 por cento, mas veem recuperação para perto da meta de 2% no próximo ano.
Fonte: G1.globo.com/economia
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