Internautas agem
contra o que chamam de 'vilipêndio de cadáveres' #ForçaChape é a
hashtag mais usada do mundo no Twitter.
Usuários de redes
sociais recorreram ao Facebook e Twitter para pedir que não sejam
compartilhadas fotos dos mortos no acidente aéreo com o avião que transportava
o time da Chapecoense, que ocorreu na madrugada desta terça-feira (29). A queda
da aeronave matou mais de 70 pessoas e deixou outras cinco feridas. O time
disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, da
Colômbia.
Algumas imagens de
pessoas mortas começaram a circular poucas horas depois da notícia do acidente.
Não há informação se essas fotos são verdadeiras.
Ainda assim,
pessoas indignadas com as postagens inundaram redes sociais em uma espécie de
campanha contra o que chamam de “vilipêndio de cadáveres”. Essa expressão está
presente em um dos dois textos mais compartilhados com o pedido.
“Postagem de
Utilidade Pública. Campanha contra o Vilipêndio de Cadáveres. Para os urubus e
carniceiros de plantão, peço encarecidamente que evitem postar fotos das
vítimas do acidente aéreo com jogadores da Chapecoense e demais passageiros.
Sei que para alguns, a curiosidade fala mais alto, mas se coloque como familiar
de uma das vítimas, e pense se gostaria que suas imagens fossem divulgadas
nessas condições. Para mim, o interesse em ver é zero. Por favor, não
compartilhe as imagens. Diga não à carniçaria humana.”
O outro texto diz o
seguinte: “Você, isso mesmo. Você! Não seja um idiota. Caso aparecer alguma
foto dos mortos no acidente não compartilha no seu WhatsApp, Facebook, e-mail,
Instagram, Snapchat ou qualquer coisa do tipo. Não seja um idiota. Respeite os
familiares!”.
O acidente com o
avião que levava a Chapecoense é um dos assuntos mais comentados do Twitter no
Brasil e no mundo. As hashtags #ForçaChape, #ForçaChapecoense e #Chapecoense
são algumas das mais usadas do mundo.
O acidente
O voo que transportava
a equipe da Chapecoense partiu na noite de segunda-feira de Santa Cruz de La
Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín. Segundo a imprensa local, a
aeronave perdeu contato com a torre de
controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília), entre as cidades de La Ceja e
Abejorral, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro,
perto de Medellín.
O Comitê de
Operação de Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a
aeronave se declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre as
cidades de Ceja e La Unión.
O diretor da
Aeronáutica Civil, Alfredo Bocanegra, explicou à Rádio Nacional da Colômbia
que, embora chovesse e houvesse neblina na região, o aeroporto Rionegro estava
operando normalmente. Segundo ele, aparentemente foram falhas elétricas que
causaram o acidente. O piloto relatou problemas à torre de controle do
aeroporto de Santa Cruz, na Bolívia.
Mais cedo, a
imprensa colombiana chegou a cogitar como causa a falta de combustível, mas
também informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião
iria cair.
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