Ela afirma que reforma do ensino médio provavelmente só
vai ser implementada em 2019. Emendas do texto-base da MP serão votadas na
semana que vem.
FOTO: PROFISSÃO CERTA
Durante debate sobre a
reforma do ensino médio, nesta sexta-feira (9), em São Paulo, a
secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães de
Castro, criticou a qualidade dos cursos de formação inicial dos professores
brasileiros.
Ela defende que
pessoas com o chamado “notório saber” possam dar aulas em cursos técnicos. E
estabelece que aqueles profissionais com nível superior, como engenheiros,
possam se tornar professores na educação básica se fizerem uma complementação
pedagógica.
“Sabemos que a
qualidade de formação não é boa. Me refiro à formação inicial dos professores,
que não os prepara para o mundo real nem muito menos à prática didática”, diz
Maria Helena.
Ela afirma que não
há novidade ao permitir que docentes atuem nos cursos técnicos sem a formação
superior. “A qualidade das aulas e o conhecimento dos alunos não são afetados
caso o professor tenha apenas o notório saber”, diz. “Uma professora pode ser
muito boa em uma área, independente da formação dela. Isso já ocorre na
Alemanha, na Áustria e no Centro Paula Souza, no Brasil”, completa.
Prazo
A
secretária-executiva do MEC prevê que a reforma do ensino médio só vá ser
efetivamente implementada em 2019, já que depende da conclusão da nova base
nacional comum curricular (BNCC)- documento que servirá como base para todas as
instituições de ensino elaborarem os currículos escolares.
Ela afirma que não
seria possível esperar a base ser finalizada para só então pensar na
reformulação do ensino médio. “Sem haver antes uma ruptura do sistema, não
conseguiríamos pensar no currículo”, diz Maria Helena.
A votação dasemendas do texto-base da medida provisória da reforma será feita na semana que
vem, a partir do dia 12 de dezembro.
Fonte: g1.globo.com/educacao
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