Um vírus de resgate
descoberto pelo grupo Malware Hunter Team traz um novo meio para que vítimas
sem condições de pagar o resgate dos arquivos tenham os seus dados de volta:
usar um link para infectar ao menos outras duas pessoas. Caso essas duas
pessoas paguem o resgate delas, a vítima disseminadora do vírus ganha
gratuitamente a chave para recuperar os arquivos.
Vírus de resgate
são pragas digitais que embaralham os arquivos armazenados no sistema para que
eles não sejam mais utilizáveis. Para obter a chave que retorna os dados ao
estado normal, a vítima é obrigada a pagar.
Esse novo vírus de
resgate, chamado "Popcorn Time", oferece a alternativa de infectar
outras pessoas e a chama de "nasty way" ("modo mau"),
enquanto o "modo fácil" de resgatar os arquivos é pagando.
Mensagem do vírus
Popcorn Time. (Foto: Reprodução/Bleeping Computer)
O vírus também
tenta apelar para o emocional da vítima. O invasor se identifica como um
estudante de ciência da computação sírio que perdeu a família por causa da
guerra que assola o país. "Tenha certeza de que o dinheiro que recebermos
será usado para comida, remédio e abrigo", diz a mensagem.
Não há qualquer
informação sobre a origem da praga digital, mas a presença de mensagens
mentirosas não é incomum em vírus de resgate. Pragas como o CryptoLocker
normalmente se apresentavam como "testes de segurança" para
"deixar a internet mais segura". Outros vírus também se apresentavam
como "bloqueio das autoridades" por atividade ilegal realizada no
computador e que o resgate seria uma espécie de "fiança".
Segundo o site de
segurança "Bleeping Computer", a praga ainda está em desenvolvimento.
Nesta sexta-feira (9), o vírus ganhou a capacidade de embaralhar os arquivos
nas bibliotecas do Windows (como Documentos, Imagens e Área de Trabalho), sendo
agora capaz de funcionar plenamente. A primeira versão do vírus só funcionava
em uma pasta específica, indicando que o código ainda estava em testes.
O vírus utiliza um
link da rede anonimato Tor para se espalhar e recebe seus pagamentos em
Bitcoin. Na tela do vírus compartilhada pelo site Bleeping Computer, a cobrança
é de 1 Bitcoin, que vale aproximadamente R$ 2,7 mil.
Como o vírus é novo
e ainda está em desenvolvimento, não se sabe se a praga já está sendo
disseminada e qual o sucesso da "novidade".
Dúvidas sobre
segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com
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