Moeda dos EUA caiu 1,15% frente ao real, a R$ 3,115.
Depois de saltar quase 2% na véspera e
ir ao patamar de R$ 3,15, o dólar fechou em queda de mais de 1% nesta
sexta-feira (3), em movimento de correção e com recuo intensificado pela sinalização
da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Janet Yellen,
de que a taxa de juros na maior economia do mundo deve subir já neste mês.
A moeda norte-americana encerrou a
semana em queda de 1,15%, a R$ 3,115 na venda, após ter fechado em R$ 3,1513 na
vépera. Veja cotação
Na mínima do dia, a moeda
norte-americana marcou R$ 3,1113 e, na máxima, R$ 3,1627, segundo a Reuters.
No acumulado na semana, o dólar ficou
praticamente estável, com leve alta de 0,05%.
Juros
nos EUA
Em discurso em Chicago, a presidente
do BC dos EUA avaliou como "apropriado" subir as taxas de juros este
mês se o emprego e a inflação continuarem de acordo com as expectativas.
"Yellen confirmou que a porta
está aberta para o aumento dos juros neste mês, mas ela condicionou esse
movimento à evolução dos indicadores econômicos", afirmou à Reuters o
operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.
Mais juros tendem a atrair para a
maior economia do mundo recursos aplicados em outras praças, como a brasileira.
No exterior, o dólar caía ante uma
cesta de moedas, em meio a um movimento de realização de lucros após a fala da
chair do Fed. O dólar caía também ante divisas de emergentes, como o rand
sul-africano e a lira turca.
Cenário
local
Apesar do movimento de queda do dólar
nesta sessão, a cena política brasileira continuou no radar do mercado após
vazamentos de delações de executivos da Odebrecht, citando importantes
políticos. O temor, entre outros, era de que o governo do presidente Michel
Temer perca força e não consiga aprovar importantes reformas no Congresso,
sobretudo a da Previdência.
Nesta semana, o empresário Marcelo
Odebrecht depôs à Justiça Eleitoral e confirmou um jantar com Temer no qual foi
tratado de contribuições para a campanha do então vice-presidente. Ele,
entretanto, disse que o tema foi tratado "de forma genérica" e não
houve pedido de doação direto feito pelo presidente.
O Tribunal Superior Eleitoral analisa
um pedido de cassação da chapa Dilma-Temer na eleição presidencial de 2014.
O Banco Central brasileiro não
anunciou qualquer intervenção no mercado cambial, por enquanto, para essa
sessão. Em abril, vencem o equivalente a US$ 9,711 bilhões em swaps
tradicionais, equivalente à venda futura de dólares, e operadores se
questionavam se o BC rolará, mesmo que parcialmente, esses contratos.
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