Relatório Focus manteve a previsão de crescimento de
0,50% para o PIB de 2017; boletim ouve economistas do mercado financeiro.
Na semana que o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou que a inflação
fechou 2016 abaixo do teto da meta fixada pelo Banco Central, economistas
ouvidos pelo BC reduziram a previsão do índice para 2017. A estimativa de
inflação para este ano, divulgada no Boletim Focus, caiu de 4,81% para 4,80%. A
previsão está próxima ao centro oficial da meta, que é de 4,5%.
Pela vigésima
quinta semana consecutiva, o boletim, que reúne as previsões dos economistas
ouvidos pelo Banco Central, manteve em 4,50% a inflação prevista para 2018. A
pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (16) e leva em consideração dados coletados
na semana passada.
Na quarta-feira
(11), o IBGE divulgou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a
inflação oficial do país, fechou 2016 em 6,29%, dentro da banda de tolerância
para a meta. A meta fixada pelo BC era de 4,50% ao ano, com uma tolerância de 2
pontos percentuais para mais ou para menos.
Para o Produto
Interno Bruto (PIB) os analistas mantiveram a previsão de um leve crescimento
de 0,5% para a economia em 2017. Já para 2018, a previsão de alta do PIB caiu
de 2,30% para 2,20%.
Juros
Reforçando a
expectativa de que o BC continuará o processo de corte de juros neste ano, o
mercado reduziu a previsão para a taxa básica de juros, a Selic. Na pesquisa,
divulgada nesta segunda-feira, os economistas apontaram uma Selic de 9,75% no
final de 2017. Na previsão anterior, a taxa esperada no fim deste ano era de
10,25%.
Na semana passada,
o Banco Central surpreendeu parte do mercado e reduziu a Selic em 0,75 ponto
percentual de 13,75% para 13%.
Para o próximo ano,
o mercado prevê uma estabilização da taxa, com previsão de encerrar 2018 em
9,50% ao ano.
A taxa básica de
juros é o principal instrumento do Banco Central para conter pressões
inflacionárias. Taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que
pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
No relatório Focus
divulgado nesta segunda-feira, a projeção do mercado financeiro para a taxa de
câmbio no fechamento de 2017 caiu mais uma vez de R$ 3,45 para R$ 3,40. Para
2018, a taxa prevista ficou em R$ 3,50 pela oitava semana consecutiva.
A projeção para o
superávit (exportações maiores que importações) da balança comercial em 2017 se
manteve em US$ 46 bilhões e o superávit estimado para 2018 subiu de US$ 37,2
bilhões para US$ 40,75 bilhões.
Para 2017, a
projeção de entrada de investimento estrangeiro direto no Brasil ficou
inalterada em US$ 70 bilhões, pela nona semana consecutiva e a entrada estimada
para 2018 subiu de US$70,50 bilhões para US$ 71,10 bilhões.
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